A Microsoft corrigiu o bug que fazia o Edge importar dados de navegação do Chrome sem consentimento do usuário. Relatos acerca do problema foram compartilhados aos montes nas redes sociais em janeiro deste ano.
Segundo a Microsoft, a ferramenta de sincronização de dados não estava funcionando corretamente. “O estado deste recurso pode não estar sendo sincronizado e exibido corretamente em múltiplos dispositivos”, explicou a empresa.
De acordo com os relatos, o bug fazia com que o Microsoft Edge importasse todas as abas abertas no Chrome sem autorização. A ferramenta, pensada para proporcionar mais conveniência, para muitos foi vista como uma invasão de privacidade.
A Microsoft não compartilhou detalhes sobre o problema, mesmo quando questionada pelo The Verge.
O silêncio da companhia levanta a suspeita de que o comportamento possa ter sido proposital — ou, pelo menos, negligenciado. A Microsoft tem um longo histórico de medidas invasivas para impulsionar os próprios produtos.
Dentre as estratégias, a companhia já tentou forçar a adoção do Microsoft Edge dificultando a troca do navegador padrão, fixando o app na Barra de Tarefas após atualizações e adicionando alertas na página de download do Chrome, numa tentativa de dissuadir o usuário.
Correção chega como atualização
A correção do bug de importação de abas é distribuída por meio de uma atualização do Microsoft Edge. O pacote é identificado pelo código 121.0.2277.128 e começou a ser distribuído na quinta-feira (15).